A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA) divulgou em setembro um balanço positivo do setor, destacando um aumento significativo na produção e vendas em agosto. Além disso, foi apresentado um novo estudo, realizado em parceria com o Boston Consulting Group (BCG), que traça o futuro da descarbonização no setor automotivo brasileiro.O estudo "Avançando nos Caminhos da Descarbonização Automotiva no Brasil" projeta que, com a intensificação das tecnologias de propulsão híbrida e elétrica e o uso de biocombustíveis, o país pode reduzir até 280 milhões de toneladas de CO2 nos próximos 15 anos. Se ações como a renovação de frota, inspeção veicular e programas de reciclagem forem implementadas, essa redução pode chegar a 400 milhões de toneladas.Atualmente, o setor é responsável por cerca de 13% das emissões de gases de efeito estufa no Brasil, emitindo 242 milhões de toneladas de CO2 ao ano. O estudo aponta que, sem intervenções, esse número pode subir para 256 milhões em 2040. Contudo, a adoção de novas tecnologias, especialmente veículos híbridos e elétricos, pode inverter essa tendência, com uma previsão de que até o final desta década, 50% dos veículos vendidos já sejam modelos sustentáveis.“A venda de veículos híbridos e elétricos leves pode ultrapassar a de veículos a combustão até o fim desta década, atingindo 1,5 milhão de unidades em 2030, podendo representar mais de 90% em 2040”, destacou Márcio de Lima Leite, presidente da ANFAVEA. O segmento de veículos pesados, como ônibus urbanos, também deve acompanhar essa transição, com versões elétricas representando 50% até 2035.Com a COP 28 se aproximando, o Brasil busca fortalecer seu compromisso com a redução das emissões de gases de efeito estufa, com o setor automotivo desempenhando um papel central nessa transição.
