Brasil lidera compromissos globais para acelerar a transição energética no G20

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Declaração conjunta histórica firmada na ocasião promete triplicar a capacidade de geração de energia renovável e dobrar a taxa de eficiência energética até 2030

Na reunião ministerial do Grupo de Trabalho de Transições Energéticas (ETWG) do G20, realizada no início de outubro e promovida pelo Brasil, uma importante declaração conjunta entre os países com foco na fonte de energia renovável acabou aprovada. Segundo o governo brasileiro, o documento estabelece compromissos para triplicar a capacidade global de energia renovável, assim como dobrar a taxa de eficiência energética até 2030, além de apoiar o desenvolvimento de tecnologias de emissão zero e baixa emissão, adaptadas às circunstâncias nacionais.

A declaração, por outro lado, reflete um esforço coletivo para garantir segurança energética e acelerar a transição para modelos mais limpos e sustentáveis, respeitando as especificidades de cada nação. Segundo o Ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, o resultado é fruto de diálogo e diplomacia, com destaque para a liderança do governo brasileiro. Esta é a primeira vez desde 2021 que o ETWG alcança um consenso em uma declaração de compromissos, marcando o encerramento de uma semana de discussões em Foz do Iguaçu.

“Somos as maiores economias do mundo, temos os recursos, o conhecimento e a capacidade de liderar a transição energética. Mas essa liderança exige mais do que palavras, exige ações concretas e, acima de tudo, imediatas. Somente com cooperação, coragem e uma visão comum podemos realizar esta transformação de maneira justa e equilibrada. Não podemos mais adiar as decisões que precisam ser tomadas hoje. Com isso, nós podemos nos orgulhar e dizer para o mundo que este grupo alcançou consenso em temas tão relevantes para a salvaguarda do planeta” pontua Silveira.

Metas energéticas e estabilidade do sistema

O compromisso firmado pelos países do G20, por outro lado, reconhece a necessidade de ampliar rapidamente as infraestruturas energéticas, com foco na modernização de redes, expansão de tecnologias de armazenamento, como baterias e hidrelétricas de bombeamento, e aumento da flexibilidade dos sistemas de energia.

A declaração, segundo o Governo, também reforça a importância de políticas que incentivem a eficiência energética, tratando a economia de energia como um “combustível prioritário” para a transição global. Além disso, o documento sublinha a urgência de ações concretas para garantir que esses avanços não apenas acelerem o crescimento das energias renováveis, mas também assegurem a estabilidade das redes energéticas, garantindo um fornecimento seguro e confiável.

Assim como as metas de energia renovável, a declaração também destaca um compromisso para garantir o acesso universal a tecnologias de cozimento limpo até 2030, como parte do combate à pobreza energética. O G20 se comprometeu a mobilizar recursos financeiros e tecnológicos para países em desenvolvimento, facilitando a implementação de políticas que permitam o acesso a métodos menos poluentes.

Por fim, outro ponto-chave da declaração tem sido o compromisso com uma transição energética justa e inclusiva. Sob a liderança de Silveira, o G20 adotou os princípios propostos pelo Brasil, que reconhecem que a transição energética deve ir além da mudança tecnológica, promovendo um novo modelo de desenvolvimento social e econômico, garantindo que ninguém seja deixado para trás.

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